Radiologista em destaque: Dra. Mariana Coelho

 Em Radiologista em destaque

A Dra. Mariana Coelho, parceira da Telelaudo há oito anos, acaba de assumir sua Direção Médica. Com um vasto conhecimento da área e com uma experiência profunda em radiologia e telemedicina, ela nos conta um pouco sobre este momento da sua carreira. 

 

Confira a entrevista:

 

Você trabalha com telerradiologia há oito anos, o que mudou nesses anos?

Me sinto fazendo parte da história da telerradiologia no Brasil. Comecei quando este formato de trabalho ainda era embrionário e tínhamos muitas dúvidas e dificuldades. Com o passar dos anos, o avanço tecnológico global também trouxe muitas novidades na área médica, em especial na radiologia – uma ciência que dependente de sistemas computadorizados. 

No início, tínhamos desafios, como a articulação de comunicação para orientar uma equipe de técnicos a distância, que hoje são facilmente resolvidos por um aplicativo de celular.

Avançamos bastante na atualização do sistema de laudos, reconhecimento de voz para elaboração dos relatórios, formato de formulários – que se adequam a diferentes práticas médicas pelo Brasil – e na facilidade do envio de imagens de diversas modalidades de exame. Além dos dados clínicos dos pacientes por uma rede segura e criptografada. 

Enfim, foram muitos os ganhos que vieram com o tempo de experiência praticando telerradiologia.

 

O que você espera dessa nova fase como Diretora Médica da Telelaudo?

Desde que decidi ser médica, aos 13 anos de idade, passou a existir em mim um grande senso de responsabilidade e dedicação a algo muito maior. Dedicação à ciência e à prática diária que afeta a vida de pessoas, famílias e comunidades. Espero que esse cargo de diretoria só faça concretizar nos meus atos algo que já é inerente à minha personalidade, a busca por qualidade em atendimento médico, através da liderança de uma equipe de radiologistas capaz de entregar em cada exame laudado o diagnóstico que o paciente e seu médico solicitante necessitem para o correto cuidado da saúde.

Quais são os principais desafios de liderar uma equipe tão grande e diversa de radiologistas subespecialistas?

Acredito que uma equipe médica heterogênea, com formação acadêmica nas melhores instituições do país, agregam um imenso valor intelectual à Telelaudo. A experiência e bagagem que cada um de nossos médicos traz de sua própria prática radiológica regional enriquece a forma de interpretar as imagens e elaborar os diagnósticos principais e diferenciais. Me sinto privilegiada em poder conduzir uma equipe tão diversificada que entrega tanta qualidade em cada relatório elaborado.

Contamos com a tecnologia para fazer toda essa engrenagem funcionar, os radiologistas estão espalhados em distintos territórios e por vezes com fusos horários diferentes, organizamos a equipe de forma que possam elaborar os laudos conciliando os horários de pico de movimento na empresa e horário mais confortável para trabalho a distância do radiologista. Utilizamos ainda meios de comunicações virtuais com aplicativos e plataformas digitais para avaliação dos dados clínicos, leitura de laudos anteriores para análise evolutiva dos casos e programas específicos de manipulação de imagens.

Se fosse dar um conselho a um médico recém-formado sobre a área da radiologia, o que seria?

Ao radiologista formado diria: Estude muito e sempre. Medicina é desafiadora para qualquer especialista, e em particular para o radiologista. O ritmo de novidades e avanços tecnológicos é intenso, estamos entrando em uma era onde o laudo por imagem irá auxiliar a medicina personalizada de precisão, através de avaliação conjunta por estudos genéticos, logo, estar em constante atualização é fundamental.

 

O que esperar da telerradiologia nos próximos anos?

 

Acredito na expansão deste formato de trabalho remoto, que vem trazendo qualidade de vida ao médico radiologista, agilidade nos processos e que permite opiniões de especialistas mesmo a grandes distâncias geográficas. O modelo faz sentido e traz benefícios para todos os envolvidos. Além disso, as inovações tecnológicas com o uso cada vez mais intenso de Inteligência Artificial (IA) irão otimizar e dar suporte às decisões clínicas e predições prognósticas. 

Pensando neste futuro, a Telelaudo iniciou uma parceria com a empresa norte-americana MD.ai para desenvolver um projeto denominado QA-AI, com o intuito de permitir avaliação rápida da adequação de imagens para laudo. Um programa, também chamado de algoritmo, irá aprender a partir da leitura radiológica de um grande banco de dados de imagens de RX de tórax, se as imagens estão adequadas ou não para elaboração de laudo. Alguns dos nossos radiologistas já foram treinados na plataforma para realizar as anotações nas imagens e recentemente demos os primeiros passos para que tenhamos um banco de dados estatisticamente significativo, e que alimente constantemente este sistema.

VAMOS CONVERSAR?

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