Operação com Bitcoin evita fraudes em testes clínicos

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Para prevenir a divulgação seletiva de resultados de testes clínicos – o que favorece o lançamento de medicamentos que nem sempre têm sua eficácia comprovada, Greg Irving, médico e pesquisador da Universidade de Cambridge, aprimorou o modo de reporte dos testes por meio da tecnologia “blockchain” atrelada ao Bitcoin, a moeda digital.

 

O blockchain é uma base de dados que funciona como um livro-caixa das transações realizadas com Bitcoin, e é conhecido por ser à prova de alteração pois é validado e armazenado de forma independente em milhares de computadores diferentes em todo o mundo. De acordo com Irving, esse sistema oferece uma forma de checar se os resultados dos testes não foram fraudados.

 

Desde 2007, todos testes clínicos são obrigatoriamente registrados no site ClinicalTrials.gov, uma base de dados com acesso público. Para demonstrar o funcionamento de sua ideia, o pesquisador salvou um arquivo de texto do protocolo de um dos estudos – que incluía a análise prevista e os resultados clínicos que seriam testados – e codificou este arquivo de forma a impossibilitar qualquer alteração. Ele usou o código gerado pelo aplicativo como uma chave privada, senha que permite operações com Bitcoin, e então realizou uma pequena transação com a moeda digital. Essa ação gerou outro código, dessa vez uma chave pública, devidamente registrada no Blackchain, o “livro-caixa” das transações digitais.

 

Deste modo, qualquer um com o protocolo do mesmo estudo poderia repetir essa operação. Se o arquivo original não tiver sido modificado, a chave pública tem a mesma senha. Essa verificação previne qualquer mudança na intenção original do estudo, evitando alterações ocultas nos resultados clínicos inicialmente testados.      

 

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Fonte: The Economist

Crédito de imagem: The Economist

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