Novo passo da telemedicina na Radiologia – Jornal da Imagem – Novembro 2021

 Em Radiologia, Telemedicina

Conheça um dos principais avanços da telemedicina na radiologia nos últimos anos

A inovação no setor de saúde é uma via que aperfeiçoa o atendimento aos pacientes, o trabalho dos médicos e profissionais e, ainda, proporciona a construção de um mercado mais forte, profissionalizado e eficiente.

É comum encontrarmos evidências de como a inovação em tecnologia, processos e serviços, possibilitam a ampliação do acesso a um atendimento qualificado para um maior número de pessoas.

Um exemplo prático foi vivenciado recentemente no Brasil (e no mundo) com a ascensão da telemedicina aplicada às consultas com os mais diversos especialistas médicos. A teleconsulta, aprovada em meio a pandemia, trouxe praticidade à população em um momento sensível de crise sanitária.

Impulsionada não só pela necessidade – tão real quando nos deparamos com as diferenças regionais na cobertura de saúde em um país tão extenso como o nosso – a adesão do teleatendimento evidenciou os benefícios de um modelo eficiente, de uso simples (uma vez que podemos nos conectar até via celular) e que dispõe da tecnologia para romper fronteiras e barreiras.

O resultado dessa experiência com a teleconsulta foi positivo, como comprova uma pesquisa do Instituto IPSOS, em parceria com um laboratório farmacêutico, no qual aproximadamente 60% dos brasileiros disseram estar confortáveis com o teleatendimento.

Os benefícios incidem positivamente na qualidade de vida dos pacientes, auxiliando no cuidado ativo e na prevenção de doenças.

No caso da telemedicina aplicada a laudos radiológicos, a telerradiologia, – outra inovação muito impactante que ganhou o mercado e aqueceu o nicho de diagnósticos por imagem – a influência da tecnologia proporcionou o equilíbrio de acesso aos subespecialistas pelo País e trouxe dinamismo na emissão dos laudos.

Olhando para esses exemplos, é certo que devemos, portanto, focar nossa atenção aos formatos de atendimento atuais que podem ser otimizados por meio das tecnologias já existentes, não apenas por uma questão de adequação tecnológica, mas por proporcionar um caminho que torne clínicas e hospitais mais preparados, resilientes e diversificados em seus atendimentos.

Voltando para a radiologia, a realização de exames de tomografia e ressonância, cuja demanda cresce com vigor e os equipamentos, cada vez mais rápidos e acessíveis, se espalham por todo o Brasil, pode ser revisitada com o impulso da inovação.

Podemos, hoje, aumentar imediatamente, a capilaridade e agilidade desses exames por meio de um novo processo: o telecomando.

O telecomando, que está à disposição de serviços de imagem em todo o país, tem o princípio e benefícios bastante similares aos da telemedicina.

Com um sistema tecnológico relativamente simples, é possível minimizar a espera por um exame de ressonância ou tomografia, já que o telecomando permite que a clínica ou hospital expanda seu horário de atendimento ou complemente a força de trabalho dos técnicos em radiologia nos plantões e quando há períodos de férias ou ausências esporádicas.

Neste sentido, é importante reforçar que o telecomando não tem o objetivo de promover a substituição dos profissionais in loco. Mas, na prática, é um impulso da tecnologia para tornar a máquina disponível ao paciente sempre que necessário. Trata-se, portanto, de um complemento importante para a equipe local na unidade de saúde.

Dinâmico, assertivo e seguro, esse tipo de operação – em franca expansão – apoia, principalmente, as regiões mais remotas do país, que não conseguem suprir com mão de obra especializada o aumento da demanda.

No dia a dia, o processo é tão simples quanto eficiente. O paciente é recebido na clínica pelos profissionais de enfermagem preparados na acomodação do paciente na máquina de forma segura e adequada.

O técnico habilitado, sempre à disposição, está online no sistema de telecomando da máquina, acompanhando todo o procedimento por meio de uma câmera na sala do exame, no qual pode aferir se o paciente está devidamente disposto para o início do exame.

Caso necessário, o especialista se comunicará prontamente com o time local por meio de um sistema de áudio, conectado na sala, ou via um chat, disponível no computador durante o atendimento. O técnico, então, realiza exame comandando um pequeno robô, que opera o teclado do equipamento radiológico.

Esse tipo de serviço permite que os técnicos em radiologia realizem exames 24 horas por dia, 7 dias por semana em todo o Brasil sem estar fisicamente presentes, mas ainda assim, contribuindo de forma ativa para diagnósticos precisos.

Nesta perspectiva, com o telecomando, é possível otimizar o atendimento, já que a máquina não fica parada na rotina de trabalho – o que, a propósito, fomenta o aumento de receita para a instituição.

Com mais este avanço na tecnologia temos a chance de entender que os novos processos na saúde são benéficos na construção de instituições mais qualificadas, voltadas para o crescimento e adequação em um mercado que demanda flexibilidade, velocidade, qualidade e controle de custos e recursos.

Na prática, temos no telecomando em exames de imagem uma solução efetiva que impacta o funcionamento dos serviços de radiologia e beneficia os pacientes.

Como há alguns anos, quando trouxemos ao mercado, com total responsabilidade, os laudos médicos a distância, temos novamente em mãos a oportunidade de inovar com a chegada do telecomando para exames de TC e RM.

Com um olhar nítido para a qualidade e a disponibilidade de atendimento aos pacientes, a necessidade da integração entre o local e o remoto se torna um caminho necessário na radiologia e seu setor.

Que tenhamos coragem e motivação para aproveitar todos os recursos à disposição como forma de impulsionar uma saúde que esteja disponível sempre e que seja, de fato, acessível a todos.

Por Dr. Flavio Lanes, diretor executivo da Telelaudo  

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