O que é e como o “mhealth” tem ajudado médicos e pacientes em todo o mundo?

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O “mhealth” já é usado na telerradiologia viabilizando acesso remoto de laudos de exames radiológicos

O “mhealth“, ou “mobile health” (saúde móvel), já é usado para prevenção, monitoramento e diagnóstico de doenças, servindo tanto à saúde pública como para clínicas e hospitais.

O uso de tecnologias sem fio na área da saúde está em expansão no Brasil e no mundo. No País, algumas limitações a esse crescimento incluem a  regulamentação da telessaúde.

Ainda assim, há um grande potencial de crescimento do “mhealth“, com benefícios para médicos e pacientes.

Segundo pesquisa da Association for Private Investiment in Latin America (LAVCA), em 2017 o setor de tecnologia para a saúde foi o segundo de tecnologia que mais cresceu na América Latina com aumento de 250% em relação a 2016.

O que é o “mhealth”?

Inicialmente é preciso compreender com clareza do que se trata o “mhealth”.

O termo “Ehealth” é amplo e refere-se ao uso da eletrônica na área da saúde, seja utilizando ferramentas como sistemas tecnológicos que agregam a manutenção da vida e saúde dos pacientes.

O termo “mhealth“, por sua vez, é uma subdivisão da “ehealth”. Ele refere-se às ferramentas e práticas realizadas por meio de dispositivos móveis sem fio.

De acordo com a “Global Observatory for eHealth”, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) dedicada ao estudo da eSaúde, o “mhealth” consiste na prática médica e de saúde pública utilizando dispositivos móveis em geral, como celulares, “tablets”, dispositivos vestíveis, dispositivos de monitoramento de pacientes, assistentes digitais pessoais (PDAs) e outros equipamentos sem fio.

O “mhealth” pode ser usado pelo paciente, tanto para ajudá-lo no acompanhamento de sinais vitais, como para auxiliar no consumo de medicamentos.

A tecnologia também pode ser aplicada aos serviços hospitalares, clínicos, laboratórios e farmacêuticos. Um exemplo é no caso do prontuário eletrônico, acompanhado e atualizado pela equipe médica utilizando “tablets”.

Quais os benefícios do “mhealth”?

O uso de equipamentos móveis para garantia da saúde tem se popularizado. Um exemplo já amplamente difundido é o relógio inteligente que monitora batimentos cardíacos, pressão arterial e temperatura.

Apesar de ser muito usado por praticantes de atividades físicas, o uso é cada vez mais difundido, o que garante que cada pessoa possa acompanhar esses dados de saúde vitais e apresentá-los ao médico quando necessário.

Tecnologias do mHealth

Conheça a seguir alguns dos benefícios esperados com o uso dessas tecnologias massivamente:

  • redução dos gastos em saúde: será mais econômico monitorar dados dos pacientes e operar processos médicos, como realização de exames, acompanhamento de resultados e atualização de prontuários;
  • minimização dos erros médicos: os profissionais da saúde poderão acompanhar não apenas os dados do paciente no consultório como o histórico completo, oferecendo elementos mais detalhados para um diagnóstico e tratamento;
  • redução de hospitalizações desnecessárias: com a possibilidade de o paciente acompanhar a própria saúde com equipamentos confiáveis, ele não precisará permanecer internado para coletar essas informações, reduzindo a necessidade de internações ou a permanência hospitalar dispensável;
  • interação entre pacientes e profissionais de saúde: os pacientes e médicos terão canais mais variados para interação, o que garante um suporte de saúde continuado mesmo quando o paciente está em casa ou no trabalho;
  • monitoramento de pacientes com doenças crônicas: o acompanhamento de doenças crônicas é fundamental para redução da mortalidade e o “mhealth” amplia essas possibilidade com dados confiáveis e em tempo real;
  • protagonismo do paciente: as pessoas poderão se tornar mais responsáveis pelo acompanhamento da própria saúde, garantindo um acompanhamento contínuo de alterações sensíveis.

Atualmente são diversas as tecnologias que pode ser usadas para cuidados com a saúde, como relógios, brincos e pulseiras que monitoram a temperatura e a frequência cardíaca, sapatos que avaliam equilíbrio e movimento, sensores que verificam a glicose e outros.

Esses recursos já têm sido usados, por exemplo, para melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças crônicas como Parkinson, paralisias e lesões.

Esse monitoramento tem agregado à qualidade de vida dos pacientes e otimizado processos gerenciais em farmácias, hospitais e clínicas médicas.

O “mhealth” também é utilizado para prevenir problemas de saúde. Esse é o caso de aplicativos que incentivam a prática esportiva, o consumo adequado de água, a realização de alongamento no trabalho e a adoção de hábitos mais saudáveis para comer, dormir e outros.

Outro exemplo do “mhealth” está surgindo com os equipamentos radiológicos móveis. Nesse caso, exames de imagem podem ser coletados por técnicos em radiologia na casa dos pacientes e enviados, via internet, para os serviços de  telerradiologia emitirem os laudos a distância com seus  especialistas.

Além disso, o laudo enviado pelos radiologistas  pode ser acessado por meio de qualquer dispositivo sem fio, como celular, “tablet”, “notebooks” ou relógios inteligentes.

Portanto, médicos e pacientes podem acessar resultados de exames médicos com praticidade e agilidade, o que melhora o tempo de resposta e, consequentemente, o prognóstico de pacientes.

 

Referências:

portaltelemedicina.com.br/

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